Nosso curso de Arrais Amador em Ilhabela!

Quem quer estudar em Ilhabela?

Já que vamos comprar um veleiro, temos que saber como comandá-lo! E não fomos sozinhos! Nosso projeto está incentivando amigos e familiares a saírem da zona de conforto! Eu e a Dri estamos muito felizes em poder compartilhar esta experiência com meus pais (Antônio & Maria) e nossos amigos e padrinhos de casamento (Diego & Naomi).

Após buscas incansáveis na internet e consultando alguns amigos e conhecidos, decidimos fazer aula na Vini Vela em Ilhabela. Um dos fatores decisivos nesta escolha foi que as aulas práticas seriam feitas no mar e em um veleiro de 40 pés! Outros cursos eram na represa Guarapiranga e em lanchas…

 

Viagem e estadia em Ilhabela

Desta vez deu tudo certo no nosso planejamento. Todos nós conseguimos sair mais cedo dos nossos trabalhos, eu, Diego, Naomi e a Dri. Todo mundo no carro por volta das 16:00, tanque cheio, lanchinhos feitos e rumo à Ilhabela. A viagem passou rápido pois ficamos conversando e estudando por todo o caminho!

Chegamos à Ilhabela por volta das 20:00 e fomos até nossa casa, alugada pelo AirBnb. A casa era como estava no anúncio, espaçosa, 3 suítes, terreno grande com muito verde. Meus pais já estavam lá e o caseiro José nos auxiliou em tudo que precisamos!

 

Como foi nosso curso!

Foi MUITO LEGAL!!! O curso é composto em duas partes, motonauta (jet ski) e embarcação à motor (lancha ou veleiro).

Sábado pela manhã fizemos o curso de motonauta. Pelo nome me parece que os jet skis são as motos da água! Nunca andei de moto, mas o bagulho dá uma adrenalina grande e cabem 2 ou 3 por jet ski (dependendo do modelo). Subimos no nosso jet ski escola, Vini, Dri e eu. O Vini ligou o jet e enquanto ele pilotava ia passando todas as regras e manhas de como pilotar essas motos da água. Depois da teoria era hora da prática, a Dri foi para frente e mandou ver na pilotagem. Acelerou, virou para um lado, para o outro, prestou atenção em outras embarcações e se aproximou da praia. Jogamos a âncora, não podemos chegar até a praia onde não temos aquelas raias delimitando entrada e saída de embarcações. Depois de mais um pouco de teoria puxamos a âncora e foi minha vez de pilotar. Saí vagarosamente até passar os barcos fundeados na praia e acelerei bastante! Em um dado momento notei marolas de uma lancha vindo e desacelerei quase que tudo, se não tivesse feito isso iríamos dar um salto considerável e sabe lá como iríamos aterrissar!!! Prossegui até a marina, me aproximei lentamente pela raia e encerramos a aula. Na sequência foram fazer aula o Antônio & Maria e o Diego & Naomi.

Depois de almoço fomos fazer o curso de arrais amador no veleiro! O veleiro do Vini é um Bruce Farr 40 pés. Ele fica fundeado em uma poita em uma marina próxima do centrinho histórico, na praia Saco da Capela. Esta é uma marina meio improvisada, tem um pier “móvel” preso por cordas na areia, tem um barqueiro que leva e traz o pessoal dos veleiros/lanchas e também tem uma mangueira com água doce disponível para quem paga a mensalidade. Enfim, todos entramos no botinho inflável e fomos levados até o veleiro do Vini. Subimos à bordo, sentamos todos nos bancos próximo ao timão e começou a aula teórica. Fomos folheando a apostila enquanto o Vini fazia as explicações e passava algumas anotações. Ficamos na parte teórica por mais ou menos 1 hora quando o capitão Vini deu a ordem para levantar âncora (bem, no nosso caso, foi soltar as cordas da poita!). Largamos as cordas da poita, jogamos a bóia de arinque de volta na água, deixamos o veleiro derivar um pouquinho e demos potência no motor e o Diego, no timão, foi saindo lentamente entre os outros barcos apoitados. Ao sair do “estacionamento” com cuidado aceleramos mais o veleiro chegando numa velocidade de 5 à 6 nós! Vivenciamos na prática algumas situações do mar e fomos revezando no comando do veleiro. Entramos no iate clube para fazer a manobra de atracação no posto de combustível marítimo, por azar tinha algumas lanchas abastecendo, então demos meia-volta e procuramos uma poita para treinar atracamento. A Dri laçou a bóia de arinque com uma corda solteira, puxamos a bóia para cima e prendemos a corda da poita no cunho do veleiro com um nó de cunho (ou “oito”). Demos uma relaxada, bebemos água, refri e comemos uns salgadinhos para aguardar as lanchas saírem do posto. Aproveitei este tempo para tirar dúvidas sobre equipamentos, velas e outras dúvidas que eu tinha com o Vini. Vimos que o posto estava liberado e partimos para lá, manobramos para nos aproximarmos contra a correnteza e num ângulo de 45 graus, eu estava no timão, e com as instruções do Vini fizemos uma aproximação perfeita, ficando uns 20 centímetros de distância do cais!!! Nem amarramos o barco, deixamos a correnteza afastar a proa do barco um pouco do cais e demos motor. Saí do canal comandando o veleiro até chegarmos no canal, quando passei o comando para o Antônio. Todos nós tivemos bastante tempo comandando o veleiro e curtimos muito a aula prática! Voltamos para a Marina, pegamos o botinho (Vini ligou para o barqueiro) e ficamos mais um pouco na praia, tomando uma cervejinha, suco e tomando banho de mar com um sol gostoso!!! Dia perfeito de aprendizado, novas experiências e lazer! Ah se todos os dias fossem assim… 😉

 

 

Próximos passos

Após fazer todas as burocracias de praxe agora o Vini irá agendar nossa prova na marinha em São Sebastião dia 16 de março, quarta-feira. Data ruim para nós que trabalhamos de segunda à sexta e teremos que rebolar para conseguir um dia de dispensa no trabalho (e dá-lhe trabalhar até mais tarde vários dias para compensar!!!). Enfim, fica a dica para a nossa querida Marinha do Brasil dar mais opções de datas, acredito que isso incentivaria mais pessoas tirarem o arrais! Depois da prova a gente faz mais um post para contar como é a prova e como nos saímos.

 

Fico por aqui e espero seus comentários e sugestões de melhoria para nosso blog fique cada vez mais gostoso de ler!

Bons mergulhos e bons ventos!!!
JP – jp@ipadive.com