Leiam esta entrevista de tirar o fôlego da querida velejadora Mauriane Conte em mais um compartilhar destas lindas Mulheres do Mar! Depois da inspiração da Fernandinha, agora vamos embarcar numa incrível e fascinante vida à bordo do Cascalho pelo Mundo com a Mauri!
PRA COMEÇAR: QUEM É A mauriane conte
Nós aqui do Blog IPA Dive vivemos buscando pessoas legais na internet para aprendermos mais sobre mergulho e sobre vela. E adivinha? Encontramos a Mauri e seu marido com seu belíssimo veleiro, o Cascalho pelo Mundo! Eles alimentam um Blog, Facebook e Youtube pra manter todo mundo atualizado das peripécias com o seu querido catamarã!
A história introdutória que a Mauri escreveu é tão linda e delicada, que eu deixei na íntegra pra vocês. Mas preparem-se, porque é só o começo! Vocês vão se deliciar!
Nasci em São José do Cedro, extremo oeste de Santa Catarina, no finalzinho dos anos 60. A mais velha de cinco filhos. Nasci muito longe do mar. Entretanto, a água sempre fez parte da minha vida… só que era doce. Eu costumava ir para o clube da cidade e ficar o dia todo na piscina. Até murchar.
Em janeiro de 1978, meu pai resolveu colocar toda a família: pai, mãe, os três filhos na época e mais uma tia dentro de um fusca e nos levar para a praia. Fizemos 900 km, sol, chuva, asfalto, estrada de barro, e enfim, chegamos. Quase vinte horas de viagem.
Toda essa maratona para passar apenas quatro dias em Florianópolis, onde conheci o mar e um barco de verdade. Meu primeiro banho de água salgada, foi em Sambaqui. Maravilhoso! E até então, tudo que eu sabia sobre navegação e barcos se resumia aos conhecimentos adquiridos através do livro “O Barquinho Amarelo”, com o qual aprendi a ler. Em Florianópolis, meu pai alugou um barquinho de um dos pescadores locais, que nos levou para um passeio de cerca de meia hora pela Lagoa da Conceição.
Anos mais tarde, fui morar em Florianópolis e o mar passou a ser presença constante na minha vida. Estudei Odontologia na Universidade Federal de Santa Catarina. Continuei estudando e me especializando, até conseguir ter o meu próprio consultório e consolidar a minha carreira.
Com tudo isso, surgiu a oportunidade de fazer um curso no exterior. E esse foi o momento que mudou toda a minha vida… ao retornar para o Brasil, decidi que queria morar numa cidade pequena e perto do mar.
E COMEÇA A ENTREVISTA…
- IPA Dive: Como começou sua história no mar?
Mauriane Conte: Foi nesta cidadezinha a beira mar, ao lado de uma praia pequena de pedras chamada Praia do Cascalho, que eu e o Luiz nos encontramos e começamos a namorar. O relacionamento foi sério, muito sério, desde o inicio e logo começamos a planejar o futuro.
Num dia de muita chuva, e antes mesmo de me propor casamento, ele me falou desse sonho maluco de morar num veleiro e dar uma volta ao mundo. E queria que eu fosse com ele! Fiquei assustada! Apesar de gostar muito do mar e ter escolhido morar bem pertinho dele, eu nunca tinha entrado num veleiro. Navegado só uma vez, a vela nunca! Decidimos então me fazer conhecer esse novo mundo.
Velejamos em Florianópolis num belo domingo de sol e mar calmo, e foi impossível não me apaixonar por aquelas velas içadas e cheias, ouvindo apenas o som da água no casco, compondo uma melodia que jamais tinha ouvido antes! Gostei da experiência e a ideia de conhecer lugares paradisíacos ao redor do mundo me fascinava. Definitivamente me vi morando num veleiro. Apesar de nunca antes ter me imaginado desta forma e jamais sonhado este tipo de vida. Meus sonhos nunca foram tão audaciosos. Começamos então a sonhar esse sonho juntos. Fui definitivamente hipnotizada pelo canto da sereia!
Contrariando tudo que líamos e ouvíamos, não pensamos em começar com um veleirinho pequenininho para praticar, nos acostumar e ver se era isso mesmo que queríamos para nossa vida. Queríamos Viver a Vela o mais rápido possível. Se era para comprar um barco, já tinha que ser o barco que viria ser a nossa casa flutuante.
Nos mudamos então para uma das cidades mais fascinantes do nosso planeta, Roma na Itália, onde durante cinco anos trabalhamos muito duro para juntar o dinheiro que precisávamos e comprar o nosso barco. Chegando lá, começamos logo a trabalhar com turismo. E nem poderia ser diferente!
Nessa época, trabalho, turismo e diversão se confundiam. Enquanto trabalhávamos, conhecíamos Roma e a Itália como nenhum outro turista conhece e nos divertíamos muito com as histórias que ouvíamos e conhecíamos pelo caminho. De Norte a Sul, conhecemos a arte, a cultura, a história, a culinária e a gente do país. Foi fascinante!!!
Conhecemos pessoas dos quatro cantos do nosso planeta, aprendemos algumas palavras e frases em várias diferentes línguas, o que até hoje ainda usamos para quebrar o gelo e nos aproximar de russos, croatas, poloneses, franceses e tantos outros que encontramos pelos mares do mundo. Com um passaporte europeu em mãos, ultrapassamos fronteiras e nos aventuramos por terras alemãs, inglesas, francesas, percorremos o circuito da Fórmula 1 em Mônaco poucos dias antes do Grande Prêmio, visitamos a Eslovênia, a Croácia e até Atenas, na Grécia. Sozinhos ou acompanhados, turistando ou trabalhando, e sempre de olho nos barcos a vela!!!
De uma certa forma, já éramos Turistas Profissionais, estávamos sempre nos lugares mais lindos da cidade e do país. Só que naquela época, trabalhávamos com turismo vislumbrando o que estava por vir. Conhecemos tudo: dos lugares mais famosos até aqueles que poucos visitam. Era isso exatamente o que queríamos para o nosso futuro, só que em outro contexto: navegando ao sabor do vento, dentro da nossa casa flutuante, escolhendo meticulosamente cada um dos nossos destinos e desfrutando tudo que ele tem para nos oferecer, explorando cada um dos seus recantos e da sua gente.
No final de 2011, nosso porquinho já estava bem gordinho e era hora de encontrar um barco para chamar de nosso. Dentre muitos que visitamos, um em especial nos chamou a atenção. Estava no golfo de Nápoles, pertinho de nós. Nosso réveillon 2011-2012 foi na Costa Amalfitana, um lugar deslumbrante um pouco mais ao Sul. Na volta para Roma fizemos uma parada para conhecer o barco. Foi amor à primeira vista! Dias mais tarde, voltamos para fazer uma velejada, ouvir e sentir o barco de verdade. Foi quando tivemos a convicção muito forte de que aquela deveria ser a nossa casa flutuante. E fechamos o negócio. Já tínhamos o nosso barco. O sonho estava realizado!
Desde então, não paramos mais. Às vésperas de completar cinco anos vivendo no mar, já somamos mais de vinte e cinco mil milhas navegadas começando pelo Mar Mediterrâneo, uma travessia do Oceano Atlântico, de norte a sul e depois de sul a norte toda a costa brasileira, subimos e descemos várias vezes o Mar do Caribe, chegamos aos Estados Unidos passando pelas maravilhosas Bahamas e depois voltamos para o Caribe, sempre a bordo do nosso lindo catamarã Lagoon 380, escolhido a dedo para ser a nossa casa flutuante devido ao valor mundial da marca, por ser a mais vendida no mundo, nos oferecendo muito conforto, qualidade de navegação e segurança, além de uma excelente relação custo benefício em qualquer lugar do mundo.
Atualmente, o nosso endereço é nas Ilhas Virgens Britânicas e Americanas. Dois pedacinhos de paraíso no Mar do Caribe. Nosso barco é a nossa casa e o nosso local de trabalho.
Trabalhamos recebendo hóspedes a bordo para viagens de lazer, mergulho, kite ou surf trips e até comemoração de datas especiais como formaturas, casamentos, bodas… sem sairmos da nossa casa.
- IPA Dive: Quais seus medos no mar? Como busca superar esta dificuldade?
Mauriane Conte: Ondas grandes e ventos muito fortes. Morro de medo!!! Procuramos sempre evitar qualquer tipo de situação adversa na hora da navegação, que possa colocar em risco a segurança da tripulação e do barco.
É sempre indispensável não ter pressa e esperar a hora certa para começar uma navegação, especialmente as mais longas.
Planejar, escolher a época do ano certa para a travessia, checar a previsão do tempo e muita preparação, são essenciais para me ajudar a ter segurança e superar meus medos e dificuldades. E se mesmo assim for difícil, prefiro ficar de olhos bem fechados para não ver nadinha!!!
- IPA Dive: O que mais te fascina na vela e no mar?
Mauriane Conte: Dou asas aquela criança curiosa que vive dentro de mim. Quero viajar, navegar, aprender, conhecer o mundo, saber por que, conhecer mais, explorar, trocar culturas, brincar de viver, só isso!
Além da sensação única de liberdade e equilíbrio com a natureza que as velejadas me proporcionam, os lugares, as pessoas e as histórias incríveis que vou colecionando pelo caminho, fazem de tudo isso uma experiência única e incomparável.
Quero Viver a Vela e realmente soltar todas as amarras. Não ter mais que trabalhar de segunda a sexta e esperar ansiosamente pelo final de semana.
Minha vida continua sendo regida por um despertador, o sol.
Quando os primeiros raios de sol começam a clarear a paisagem é hora de acordar para aproveitar bem o dia. Velejar, mergulhar, remar, jogar frescobol, nadar ou simplesmente fazer nada. Seja num dia de sol, seja num dia de chuva.
Fazer sempre novos e muitos amigos, conhecer muitas pessoas interessantes ao longo do caminho. Viajar, viajar e viajar…morar em lugares diferentes a cada mudança de ancoragem, praias desertas, pequenas vilas de pescadores, cidades pequenas e grandes, históricas ou não e descobrir os encantos de cada um desses lugares e da sua gente. Esta é sem dúvida a melhor maneira de viajar: sentindo!
Posso dizer que moro em cada um destes lugares, um dia aqui, três dias lá…e, talvez chegue um dia em que eu encontre um lugar realmente aconchegante e inspirador que me faça sentir vontade de ficar lá para sempre, talvez! Mas isso, só o futuro irá me dizer!
- IPA Dive: Um lugar que ainda sonha em conhecer…
Mauriane Conte: Ah, acho esta uma pergunta muito difícil de responder. São tantos os lugares, são tantos os sonhos, são tantos os planos!
Acho que o mais provável é que falte vida para tudo isso! Risos…
Porque o desejo de continuar velejando, viajando, conhecendo o mundo e mergulhando, aumentando ainda mais esta coleção incomparável e valiosa de momentos e lembranças, continua muito viva dentro do meu coração.
SOBRE SER UMA MULHER DO MAR…
- IPA Dive: Como mulher, o que você acredita que te atrapalha na vela? Como resolve?
Mauriane Conte: Não sinto assim. Não estou sozinha no barco e, junto com o meu marido, dividimos e compartilhamos muito bem todas as nossas tarefas. Onde me falta força física ou conhecimento de mecânica de motor, por exemplo, conto sempre com a ajuda dele. E o inverso também é verdade. Contamos sempre um com o outro.
Somamos conhecimento, capacidades e habilidades e chegamos sempre onde queremos, com sucesso.
- IPA Dive: Você sente alguma barreira no mergulho por ser mulher? Sente que as pessoas te discriminam e não te respeitam?
Mauriane Conte: Nada me atrapalha. No começo, a distância das pessoas queridas e o lado obscuro desta vida (risos), me faziam questionar algumas coisas e até a minha escolha. Mas esta é a chave, eu escolhi estar aqui.
Então superar as dificuldades faz parte do processo de adaptação e da busca pela felicidade.
Mas isso não está de forma nenhuma ligado ao fato de ser mulher. Também não sinto discriminação e nem falta de respeito, muito pelo contrário. Me sinto admirada tanto por homens quanto por mulheres, pela coragem da tomada de decisão e por ser uma desbravadora dos mares!
Sinto também que muitos homens acabam não vivendo o sonho de velejar pelo mundo pela falta de uma companheira ou acabam fazendo isso sozinhos. E sentem falta de ter esta companheira. E acabam admirando e respeitando ainda mais as Mulheres do Mar!
Pausa… vivendo um momento muito especial agora! Respondendo a estas perguntas, numa baía super abrigada em Tortola, duas horas da manhã. Um som chama a minha atenção. Parecem pessoas emergindo de um mergulho e respirando forte ao chegar na superfície. Me assusto. Está muito perto do meu barco. Paro para observar e já penso em chamar o Luiz. Que surpresa!!! São golfinhos, muitos deles nadando ao redor do barco. A sua respiração e o seu canto me emocionam. Que momento. Quanta magia! Momentos únicos, que só o silêncio da noite e a integração com a natureza são capazes de nos proporcionar!!!
- IPA Dive: A sua menstruação te impede de velejar?
Mauriane Conte: Absolutamente não. Às vezes preciso de um remedinho para cólicas. E só! Tudo tem solução!
- IPA Dive: O que você diria para qualquer pessoa que te dissesse que o mar não é lugar para mulheres?
Mauriane Conte: Se fosse um homem? Que eu jamais poderia ser a mulher dele!!! Risos…
A VIDA de uma velejadora
- IPA Dive: Qual a memória mais incrível que você tem de uma velejada?
Mauriane Conte: Ah… essa também é super difícil de responder! Acho que todas as vezes que vejo baleias e assisto ao espetáculo que elas me proporcionam, é fascinante e inesquecível!
- IPA Dive: Já passou por alguma dificuldade na vela? Conte um pouquinho sobre esta experiência.
Mauriane Conte: As dificuldades também são muitas! Desde coisas simples até as mais complexas. É o gás que acaba bem na hora de preparar o almoço, estar voltando da lavanderia com tudo limpinho e cheiroso e começar a chover ou passar outra embarcação que faz onda e respinga tudo de água salgada, é o vento virar, a âncora soltar e o barco começar a arrastar no meio de uma tempestade, quebrar alguma coisa e você não conseguir encontrar peças de reposição…
Mas o pior mesmo, para mim, é o mar agitado e com ondas grandes.
Ah isso sim… apesar de me sentir segura, sou invadida por uma sensação de terror e um medo sem tamanho. Muito maior do que as próprias ondas!
- IPA Dive: Qual seu principal objetivo no veleiro?
Mauriane Conte: Velejar o mundo, entrando cada vez mais em contato e em equilíbrio com a natureza.
Respeitar a natureza por entender que o futuro da nossa espécie depende única e exclusivamente das nossas atitudes.
Colecionar lembranças, documentar tudo o que vejo para a realização de projetos futuros, e admirar muito todas as belezas dessa natureza… cores, formas, movimentos, sons, o sol, a lua, o mar, as ilhas, as montanhas…
E como dentista, estamos elaborando um projeto e buscando viabilizá-lo, para transformar uma das nossas quatro cabines num consultório odontológico, para levar educação e prevenção para as pessoas dos lugares pelos quais passamos.
- IPA Dive: O que você faz no seu dia a dia para poder mergulhar?
Mauriane Conte: Acaba sendo um conjunto de coisas, eu quero aproveitar melhor o dia, então durmo mais cedo, acordo mais cedo, bebo menos para ter mais energia, procuro me alimentar de maneira mais saudável, medito, faço yoga, remo e adoro nadar e mergulhar. Costumo acordar, me preparar e me jogar no mar. De manhã bem cedinho.
Nado por meia hora, quarenta, cinquenta minutos ou até uma hora. Esqueço do mundo. Conto quantas braçadas eu dou neste tempo. Não tem melhor maneira de esvaziar a mente.
E a natureza me presenteia…os primeiros raios de sol começam a colorir o fundo do mar e acordar suas cores: é um peixinho que sai da toca, uma arraia que se descobre da areia que a protegeu durante o sono, uma tartaruga que nada tranquila e belisca suas gramas, e muitos corais que vão se colorindo aos poucos a medida que o sol vai subindo. É energizante demais.
Quando volto para casa, encontro a minha música preferida tocando e o café da manhã do jeitinho que eu gosto na mesa. Assim, estou sempre pronta para levantar âncora, içar as velas e descobrir novos mares!
- IPA Dive: Você é vaidosa? Quais cuidados toma para manter a beleza no mar e na terra?
Mauriane Conte: Acho que ter um pouco de vaidade é fundamental. Vejo tantos casais, especialmente aqueles que já estão há muitos anos no mar, que se vestem do mesmo jeito, tem o mesmo corte de cabelo, são tão iguais que chega a confundir quem é quem. Não quero ser assim.
Gosto de me cuidar, mas não sou exagerada. Gosto de usar um gloss, um rímel, usar um colar ou uma pulseira, roupas legais e até um saltinho! Adoro minhas havaianas, mas também não abro mão das minhas melissas!!! Risos… Cuidar do cabelo, das unhas, da depilação e usar um perfuminho é essencial!
- IPA Dive: Você acha que velejar emagrece? Quais os benefício da vela para uma mulher?
Mauriane Conte: Estamos sempre procurando uma fórmula mágica, não é?! Acho que a vida no mar é muito mais saudável e por inúmeras razões. Estresse e poluição aqui são muito menores do que na vida das cidades modernas. E isso sem dúvida acrescenta muito na nossa qualidade de vida. Sou mais saudável agora do que antes, sim! Entretanto, essa coisinha de emagrecer não funcionou comigo, não! Risos… Quero a fórmula!
- IPA Dive: Qual seu prato favorito? Qual sua bebida favorita?
Mauriane Conte: Ah… outra pergunta difícil! Acho que vou dizer que é sushi! Se for de lagosta fresca então! E não abro mão de um brut bem geladinho. Se for no pôr-do-sol então! Risos…
Pescamos aqui no Caribe e nas Ilhas Virgens sim. Existem muitas regras que devem ser respeitadas. Desde o pagamento da licença para pescar, emitida pelo governo daqui, até o respeito com a época do defeso, a quantidade que se pesca e a forma como se pesca.
O uso de armas para pescar lagosta é proibido. Usamos um laço específico. Desta forma, quando pegamos a lagosta, podemos ver se ela tem o tamanho mínimo permitido para poder ser pescada e, caso for fêmea, se está ovada. Pegando com o laço, se for pequena ou estiver ovada, podemos devolvê-la ao mar sem nenhum tipo de prejuízo para o meio ambiente.
- IPA Dive: Uma mulher que te inspira. Por quê?
Mauriane Conte: Minha mãe. Pela trajetória dela, por ela ser quem é, por ter me ensinado o que me ensinou!
Mas também admiro e me inspiro em atitudes. E aí eu poderia citar muitas e muitas outras mulheres.
Que são capazes de mudar o mundo com atos e com palavras, com pequenas ou com grandes coisas, com simplicidade ou complexidade.
O mundo precisa desse tipo de força motriz.
Ah! O mar…
- IPA Dive: Como se vê daqui a 10 anos? Ainda no mar? Fale um pouquinho de seus planos.
Mauriane Conte: Acho 10 anos muito tempo. Já aprendi, no mar, que os planos que faço para amanhã podem mudar e tudo acontecer de um jeito bem diferente.
O que sei é que ainda quero viver muitos anos e muitas aventuras no mar! Mas sem números. Vou deixar o coração falar!
PRA TERMINAR: A DICA PARA AS LEITORAS DO BLOG
- IPA Dive: Quais dicas você daria para uma mulher iniciante no mergulho?
Mauriane Conte: É isso mesmo que você quer? Então vai! Sem medo! Tente, experimente, viva, descubra, sinta… estude, planeje, busque, fale com muita gente, colha muitas opiniões, mas tire as suas próprias conclusões. Você pode gostar e muito do que vai encontrar. E talvez nunca mais queira voltar! Nós temos tão pouco tempo nessa coisa incrível chamada “vida”. Depende de nós tirar o melhor dela.
- IPA Dive: Se você tivesse que mandar uma única mensagem às mulheres para incentivá-las a irem pro mar, qual seria?
Mauriane Conte: Permita-se! Presenteie-se! Ouse! Venha experimentar o mar você também!
CONSIDERAÇÕES FINAIS E AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
Uau! Que entrevista de tirar o fôlego! É maravilhoso ler palavras tão sinceras sobre seu profundo amor!
Certamente uma das entrevistas mais marcantes que fizemos nesta Campanha das Mulheres do Mar! De uma leveza, sinceridade, carinho, respeito que chega a nos tirar o ar quando lemos!
E ainda por cima nos tira da zona de conforto para repensar a vida e nos inspira, ao mesmo tempo que nos traz uma tranquilidade sem tamanho, a ir pro mar! Lindo depoimento!
Eaí? Deu vontade de viver num veleiro também?? Pois então comece hoje mesmo trabalhando este sonho!
Gostaria de agradecer aqui o carinho e dedicação da Mauri com a gente do IPA Dive! Desde a primeira vez que nos falamos foi uma viagem de carinho compartilhada pelos oceanos!
Esperamos que todos tenham se emocionado e inspirado com as palavras dela também! <3
Super beijo e até a próxima entrevista com a participação especial da Suelen Piccinin, outra mergulhadora inspiradora! =)